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Questões sobre Beauvoir
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Na década de 1960, a proposição de Simone de Beauvoir contribuiu para estruturar um movimento social que teve como marca o(a)
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oposição de grupos religiosos para impedir os casamento homoafetivos.Esta alternativa está incorreta. A frase de Simone de Beauvoir está inserida no contexto da luta por direitos e igualdade de gênero e não está diretamente relacionada com a questão dos casamentos homoafetivos. Na década de 1960, o foco da frase de Beauvoir estava mais centrado na discussão sobre os papéis de gênero e a opressão das mulheres, não nas questões dos direitos civis dos casais homoafetivos.
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pressão do Poder Legislativo para impedir a dupla jornada de trabalho.Esta alternativa está incorreta. Embora a crítica de Beauvoir sobre como a sociedade define o papel feminino possa ser usada para discutir problemas como a dupla jornada de trabalho das mulheres, sua frase não está associada a movimentos específicos para impedir esse fenômeno por meio de pressão legislativa. As mudanças referentes à dupla jornada são complexas e demandam mais do que apenas reflexões teóricas como as de Beauvoir.
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estabelecimento de políticas governamentais para promover ações afirmativas.Esta alternativa está incorreta. A contribuição de Beauvoir está mais alinhada a movimentos de base e ativismo do que a políticas governamentais. Na década de 1960, o movimento feminista em grande parte pressionava por mudanças sociais e culturais, e só posteriormente houve mais foco em políticas governamentais e ações afirmativas como parte das estratégias para alcançar a igualdade de gênero.
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ação do Poder Judiciário para criminalizar a violência sexual.Esta alternativa está incorreta. Beauvoir discute em sua obra a construção social do gênero e os impactos que isso tem na vida das mulheres, mas a proposição dela não está diretamente ligada a ações do Poder Judiciário para criminalizar a violência sexual. A crítica principal de Beauvoir é como a sociedade define e trata as mulheres, não diretamente sobre questões judiciais ou criminais como a violência sexual, ainda que seja uma consequência das questões de desigualdade de gênero.
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organização de protestos púbicos para garantir a igualdade de gênero.Esta é a alternativa correta. A frase de Beauvoir foi importante para o movimento feminista, que na década de 1960 ganhou força organizando protestos e movimentos para garantir a igualdade de gênero. A ideia de que ser mulher é uma construção cultural e não meramente biológica ou econômica desafiou concepções tradicionais e inspirou lutas por igualdade de direitos entre homens e mulheres.
Os estudos de Simone de Beauvoir (1908-1986) contribuíram incontestavelmente para os debates acerca da situação da mulher e a luta para a igualdade de gênero. A partir do trecho acima, assinale a opção que melhor demonstra o problema apresentado pela filósofa.
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Beauvoir discute a consolidação da posição social da mulher, pois, biológica e psiquicamente suas distinções se apresentam de forma clara para um tratamento diferenciado em relação aos homens.Essa alternativa está incorreta. Beauvoir não sugere que as diferenças biológicas e psicológicas sejam uma razão clara para tratar homens e mulheres de maneira diferente. Ao contrário, ela argumenta que muitas dessas distinções são socialmente construídas e não justas bases para discriminação ou tratamento diferenciado. A ideia central é que as mulheres são feitas para se conformarem a partir das expectativas sociais.
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Não há, para Beauvoir, qualidades, valores, modos de vida especificamente femininos. Esse é um mito inventado pelos homens para prender as mulheres na sua condição de oprimidas.Essa alternativa está correta. Beauvoir argumenta que a ideia de existirem qualidades, valores ou modos de vida especificamente femininos é uma construção social promovida pelos homens para manter as mulheres em uma posição de subordinação. Ela diz que essa diferenciação não é natural, mas sim um "mito" para justificar a desigualdade de gênero.
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Beauvoir afirma a distinção entre os sexos e inaugura o pensamento de uma feminilidade que faz parte da condição humana da mulher. A natureza feminina é que compõe seu ser enquanto mulher.Essa alternativa está incorreta. No texto, Beauvoir não afirma que a feminilidade faz parte da condição humana da mulher como algo que surge da natureza. De fato, ela desafia essa noção ao discutir que a feminilidade é muitas vezes imposta socialmente, em vez de ser um traço natural. Essa é uma crítica central ao essencialismo, que é a ideia de que características específicas são inerentes e naturais a grupos específicos.
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A ideia de que “ninguém nasce mulher: torna-se mulher” representa o ápice da filosofia feminista presente em O segundo sexo, afirmando que, por natureza, qualquer um pode-se tornar mulher socialmente.Essa alternativa está parcialmente correta, mas pode ser confusa. A famosa afirmação de Beauvoir "ninguém nasce mulher: torna-se mulher" destaca a construção social do gênero. Porém, a frase não sugere que qualquer pessoa possa se tornar mulher; em vez disso, enfatiza como a sociedade impõe a identidade de gênero às mulheres desde a infância, através de expectativas e normas sociais.
No livro, Beauvoir argumenta que a mulher não nasce com uma essência definida, ela se torna o que é a partir de sua educação e de suas escolhas. Ela não é por natureza incapaz de cuidar de assuntos políticos ou se dedicar a atividades fora de casa, por exemplo. Ao contrário pode fazer isso desde que não seja tolhida pela educação.
No entanto, ainda hoje persistem ideias de que mulheres possuem uma essência ou natureza definida, expressas em várias afirmações cotidianas.
Assinale a alternativa que seja compatível com o raciocínio de Beauvoir.
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Ao incentivarmos meninos pequenos a brincar de carrinho e de luta, e meninas a brincar de boneca e de cozinha, estamos educando para comportamentos diferentes na vida adulta.Esta alternativa está correta do ponto de vista do raciocínio de Beauvoir. Quando incentivamos meninos a brincar de carrinho e luta e meninas a brincar de boneca e cozinha, estamos socializando as crianças para adotar papéis de gênero específicos. Isso está de acordo com a ideia central de Beauvoir de que as características atribuídas aos gêneros são construídas socialmente e reforçadas pela educação e cultura, não são naturais ou determinadas biologicamente.
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As mulheres são o sexo frágil e por isso precisam ser protegidas pelos homens. Homens são mais fortes física e emocionalmente.Esta alternativa expressa uma ideia essencialista, o que vai contra o raciocínio de Simone de Beauvoir. Quando dizemos que "mulheres são o sexo frágil e precisam ser protegidas pelos homens", estamos atribuindo uma característica fixa e natural ao gênero feminino, como se todas as mulheres compartilhassem dessa fragilidade inerente. Beauvoir, no entanto, argumenta que não há uma essência feminina predeterminada. As distinções entre os gêneros são socialmente construídas.
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As mulheres são mais aptas ao contato humano, ao cuidado interpessoal. Por isso vemos tantas enfermeiras mulheres, e não homens.Esta alternativa sugere que as mulheres são naturalmente mais aptas ao cuidado interpessoal. No entanto, essa ideia também implica uma visão essencialista de diferenças de gênero, algo que Beauvoir critica. Ela argumenta que tais habilidades ou inclinações são fruto da educação e do contexto social, não de uma natureza intrínseca das mulheres.
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Cuidar dos filhos é tarefa primordial das mulheres. Elas ficam grávidas, os homens não.Esta alternativa também expressa uma visão essencialista que Beauvoir contestaria. Diz que cuidar dos filhos é tarefa primordial das mulheres por razões biológicas, já que elas ficam grávidas, mas isso ignora o argumento de Beauvoir de que os papéis de gênero são uma construção social. A gravidez pode ser biologicamente feminina, mas o cuidado dos filhos não precisa ser responsabilidade exclusiva das mulheres e não faz parte de uma "natureza" feminina.
É preciso, inicialmente, reunir as pessoas que não podem passar umas sem as outras, como o macho e a fêmea para a geração. Essa maneira de se perpetuar não é arbitrária e não pode, na espécie humana, assim como entre os animais e as plantas, efetuar-se senão naturalmente. É para a mútua conservação que a natureza deu a um o comando e impôs a submissão ao outro. ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. TEXTO II
Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam o feminino. BEAUVOIR, S. O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980
Comparando os dois texto, é correto afirma que
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Beauvoir, como Aristóteles, partia da biologia para entender que papéis a mulher deveria desempenhar.A quarta alternativa está incorreta. Beauvoir não partia da biologia para entender os papéis sociais da mulher. Pelo contrário, ela argumentava que os papéis femininos são influenciados por fatores culturais, sociais e históricos. Diferente de Aristóteles, que vê uma determinação natural nos papéis de gênero, Beauvoir entende que não há um destino biológico que define a mulher.
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Beauvoir discorda de Aristóteles ao defender que a natureza não determina o que deverá ser a mulher.A primeira alternativa está correta. O texto de Beauvoir propõe justamente que ser mulher não é algo definido pela natureza ou por um destino biológico. Em contrapartida, o texto de Aristóteles sugere que a submissão da mulher ao homem é algo natural. Assim, Beauvoir discorda de Aristóteles ao afirmar que não é a natureza que determina o que é ser mulher, mas sim a cultura e a civilização.
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Beauvoir concorda com Aristóteles quando ele afirma que a natureza deu ao homem o comando e a submissão à mulher.A segunda alternativa está incorreta. Beauvoir discorda da ideia aristotélica de que a submissão da mulher é natural. Para Beauvoir, esses papéis de gênero são construídos socialmente e não resultado de uma determinação natural, portanto, não há concordância com Aristóteles nesse ponto.
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Aristóteles defendia a importância de fatores culturais na definição de papéis de gênero, da mesma forma que Beauvoir.A terceira alternativa está incorreta. Aristóteles não considerava fatores culturais como determinantes para os papéis de gênero. Em seu texto, observa-se claramente que ele atribuía à natureza a determinação desses papéis. Já Beauvoir argumenta que ser mulher é uma construção cultural e social. Assim, eles têm abordagens opostas quanto à importância da cultura na definição dos papéis de gênero.
"Há um princípio bom que criou a ordem, a luz e o homem, e um princípio mau que criou o caos, as trevas e a mulher." Essa frase foi escrita por Pitágoras (570 – 495 a.C), o mesmo criador do Teorema de Pitágoras. TEXTO II
"Não se nasce mulher, torna-se mulher." Essa segunda frase foi escrita por Simone de Beauvoir (1908 - 1986).
Comparando a citação de Pitágoras e de Beauvoir, é correto afirmar que:
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Ambos estão repetindo aquilo que a sociedade do seu tempo pensava sobre a mulher.Essa afirmação está parcialmente correta, mas simplifica questões complexas. Claro, ambos refletem em parte as visões de suas épocas, mas isso não é toda a verdade. Pitágoras parece incorporar uma visão negativa da mulher, que pode ser vista como prevalente em sua cultura. No entanto, Beauvoir está na vanguarda do pensamento sobre gênero, desafiando e criticando precisamente as normas de sua época. Portanto, enquanto Pitágoras pode ser visto como repetindo o pensamento de sua sociedade, Beauvoir está mais para romper com as ideias de sua era.
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Ambos pensam a mulher como um ser essencialmente igual ao homem.Essa afirmação também está incorreta. Enquanto Pitágoras faz uma clara distinção entre os sexos ao vincular o princípio mau à mulher, sugerindo uma natureza inferior ou negativa, Beauvoir questiona a própria ideia de uma essência feminina. Ela propõe que 'tornar-se mulher' é um processo social e cultural, não essencial. Portanto, enquanto Beauvoir questiona a possibilidade de uma essência fixa, Pitágoras claramente acreditava em distinções essenciais.
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Eles discordam: Pitágoras acreditava que os seres humanos tinham uma essência definida, enquanto Beauvoir dá a entender que não existe essa essência.Essa afirmação está correta. As ideias de Pitágoras refletem um pensamento essencialista, onde ele atribui características inerentes e uma essência particular a homens e mulheres, com uma visão depreciativa da mulher. Em contraste, Beauvoir é famosa por seus argumentos contra o essencialismo de gênero. Ela sugere que ser mulher é resultado de um processo de socialização, não de uma essência inata. Portanto, enquanto Pitágoras acredita em essências distintas e definidas, Beauvoir nega essa perspectiva.
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Ambos concordam que homem e mulher possuem uma essência. A diferença é que para Pitágoras, a essência da mulher era diferente da do homem, já Beauvoir pensava que ambos tinham a mesma essência.Essa afirmação está incorreta. Primeiramente, ao analisar Pitágoras, notamos que ele faz uma distinção essencial entre homem e mulher, até mesmo associando a mulher a um princípio negativo, o que indica que ele acredita em essências distintas para cada gênero. Por outro lado, Simone de Beauvoir, uma filósofa existencialista, argumenta que a mulher não tem uma essência inata e que ela se torna mulher por meio de processos sociais e culturais, rejeitando a ideia de uma essência pré-determinada. Portanto, dizer que Beauvoir acredita em uma essência única para homens e mulheres também está incorreto.
Comparando o pensamento de Beauvoir ao expresso na frase anterior, marque qual das afirmações abaixo está correta:
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Beauvoir concordaria com o autor ao reconhecer que a biologia humana define os papéis que a mulher poderá assumir na sociedade.Esta alternativa está incorreta. Beauvoir argumenta que, embora a biologia possa explicar algumas diferenças básicas entre homens e mulheres, ela não determina os papéis sociais que eles devem desempenhar. Em seu livro 'O Segundo Sexo', ela fala sobre como as mulheres são socialmente condicionadas a assumir certos papéis devido a normas culturais, e não por causa de suas características biológicas inatas. Assim, ela provavelmente se oporia à ideia de que a biologia define o que uma mulher pode ou não pode ser.
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Beauvoir diria que a mulher e os papéis que irá assumir na sociedade não são determinados por sua biologia.Esta alternativa está correta. Simone de Beauvoir argumentava que as mulheres são socialmente condicionadas a aceitar certos papéis, mas não há uma determinação biológica rígida para tais papéis. Sua ideia de que 'não se nasce mulher, torna-se mulher' basicamente esclarece que a sociedade molda as expectativas e identidades de gênero, e não as características biológicas inatas. Isto é fundamental para entender sua posição filosófica e seu impacto nos movimentos feministas.
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Beauvoir não poderia aceitar as ideias relatadas acima caso não quisesse mudar de ideia.Esta alternativa é enganosa e incorreta. A questão parece sugerir que Beauvoir teria que mudar seus princípios fundamentais para aceitar a ideia de que a biologia determina os papéis de gênero. Mas, na verdade, seu raciocínio é muito consistente em afirmar que os papéis sociais das mulheres são adquiridos através da socialização e não impostos pela biologia. Portanto, ela não aceitaria as ideias baseadas na biologia determinista em relação aos papéis de gênero em primeira instância, sem necessidade de "mudar de ideia".
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O pensamento de Beauvoir e o expresso acima não tem qualquer relação.Esta alternativa está incorreta. Simone de Beauvoir, uma das figuras mais importantes do existencialismo e do feminismo, argumenta que os papéis de gênero não são ditados pela biologia. Sua famosa frase 'Não se nasce mulher, torna-se mulher' sugere que a sociedade, e não a biologia, desempenha um papel determinante na formação da identidade feminina. Portanto, há uma relação importante entre o pensamento de Beauvoir e a ideia de que as mulheres são limitadas por suas características biológicas, como mencionado na situação do enunciado.
Essa é uma frase de Simone de Beauvoir. Marque qual das afirmações abaixo é uma consequência lógica de seu pensamento sobre a mulher:
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ninguém nasce mulher, portanto as crianças nascem assexuadas pensava Beauvoir.Isso é incorreto. Beauvoir não está argumentando que as crianças nascem assexuadas, mas sim que o gênero, ou seja, o que significa ser homem ou mulher, é uma construção social. Ela está desafiando a ideia de que as mulheres têm um determinado papel ou identidade simplesmente por causa de seu sexo biológico.
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ninguém nasce mulher, portanto todos e todas nascem homens e só depois de um tempo é que vão assumindo papéis de mulheres.Esta interpretação está equivocada. Beauvoir não está sugerindo que as crianças nascem homens. O que ela discute é que o ser mulher é uma construção cultural e social. A citação de Beauvoir desafia a noção de papéis de gênero predefinidos pela biologia, mas não afirma que todos nascem homens.
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uma das consequências de dizer que a mulher “não nasce mulher” é romper com a ideia de que a mulher tem um papel predefinido a ocupar na sociedade, para o qual ela nasceu.Correto. Beauvoir está justamente rompendo com a ideia de que há um destino inevitável ou um papel predefinido que as mulheres devem seguir simplesmente por terem nascido do sexo feminino. Ela enfatiza que as diferenças de gênero são construídas socialmente e que as mulheres podem e devem ter a liberdade de escolher seu próprio caminho, sem as restrições impostas por expectativas tradicionais.
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se nenhum destino biológico, psíquico e econômico definem o que é ser mulher, então a mulher deve seguir aquilo que deseja seu marido.Esta é uma interpretação incorreta do pensamento de Beauvoir. Simone de Beauvoir argumenta que a identidade feminina não é definida por fatores biológicos ou econômicos, mas sim construída culturalmente. Dizer que a mulher deve seguir aquilo que deseja seu marido contradiz a ideia central de Beauvoir sobre a construção da identidade feminina, que é crítica justamente aos papéis tradicionais de gênero impostos pela sociedade.
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